Diêgo Vilela é destaque da revista de maior circulação do sul de Goiás

Qual é a sua opinião sobre o mercado de trabalho atual na área do Direito?

Diêgo Vilela – O mercado de trabalho na área do Direito é vasto e promissor. Os bacharéis em Direito têm um leque amplo de profissões à sua escolha, e podem optar por atuar como advogados, no setor público e em carreira acadêmica, com boas condições de trabalho e ganhos consideráveis.

Particularmente, prefiro falar – e tenho mais propriedade para isso – sobre o mercado da advocacia, que, apesar de disputadíssimo, é o mais vantajoso, ao meu viso. Hoje, inclusive, fala-se muito em saturação desse mercado (e essa afirmação parece não estar totalmente equivocada, já que no Brasil se tem 1 advogado para cada 164 habitantes) mas prefiro enxergar essa realidade de modo diferente, pois a advocacia tem avançado constantemente e se consolidado como um importante pilar na economia brasileira.

Percebo, então, que apesar da quantidade de profissionais, o que diferencia o advogado de sucesso da grande massa é o arrojo, a postura dinâmica e a atuação destemida e inovadora em áreas e demandas complexas – aquelas em que poucos se atrevem atuar.

Nestes anos de profissão, houve algum momento crítico em que foi preciso superar barreiras?

Diêgo Vilela – Os primeiros meses e anos da advocacia costumam ser difíceis para aqueles que começam do “zero”, como eu. Venho de família simples – minha mãe era professora e meu pai foi um pequeno comerciante – logo eu não tinha nenhuma base ou ponto de partida para atuação na área do Direito.

Mesmo assim, fiz minha escolha pelo curso, estudei muito, passei dificuldades e privações, cheguei a fazer estágio não remunerado no Judiciário (e somente muito tempo depois consegui, finalmente, um estágio remunerado no âmbito corporativo) e, então, graduei e fui aprovado no exame da Ordem. Ainda assim, as dificuldades continuaram, até que, depois de muitos desafios (muitos mesmos), os momentos críticos e as “barreiras” que pareciam instransponíveis foram superados.

Mas o fato é que, na advocacia, sempre haverá “barreiras”; sempre mesmo. A advocacia não é uma profissão para covardes, como já dizia Sobral Pinto, e o que vai separar o “joio do trigo” é a forma como o profissional encara os desafios – desistindo ou os enfrentando de frente.

Para ser um dos contratados da Diêgo Vilela Sociedade de Advogados o que o CEO do escritório busca em seus profissionais?

Diêgo Vilela – Costumo dizer que procuramos por candidatos que cumpram 03 (três) requisitos, que formam um tripé: o amor pelo Direito, a vocação/dedicação para a advocacia e, o principal deles, o caráter.

A máxima do alemão e presidente da Porsche entre 1981 e 1986, Peter Schutz, que diz “contrate caráter, treine habilidades”, é bastante praticada por todos nós da gestão da Diêgo Vilela, pois acreditamos que é preferível contratar um profissional ainda em formação a um profissional muito técnico que não possua caráter.

Quando falamos em aperfeiçoamento, estamos nos referindo a um foco ou a um conjunto de habilidades e ferramentas que precisam ser dominadas. Para o senhor, quais são essas ferramentas? O que o mercado quer que os profissionais ainda não estão entregando?

Diêgo Vilela  –  Existem várias ferramentas que o mercado da advocacia exige atualmente, muito diferentemente do que se via no passado. Hoje, a inteligência pessoal, o relacionamento interpessoal, a gestão, a abertura para estruturas multifuncionais (a utilização de apoio de profissionais de outras áreas de atuação), o domínio do marketing jurídico, o uso de estratégias de vendas e a comunicação de alta performance são requisitos mínimos de domínio do advogado na condução de um bom escritório. E o mercado, por consequência, não só quer, mas acaba exigindo esse agrupamento de habilidades e ferramentas.

Por sua vez, o que me parece é que muitos profissionais não têm buscado entregar serviços jurídicos que agrupam tudo isso, ou seja, não têm entregado serviços de excelência.

Como você diferencia o Diêgo Vilela de hoje com o Diêgo Vilela de quando começou a exercer a profi ssão de Advogado?

Diêgo Vilela – O Diêgo Vilela do início tinha um perfil mais conservador, chegou a pensar (por pouco tempo) que o modelo de escritório “padrão” (formado por advogado e secretária, apenas) era o ideal, e pensava como a grande maioria dos advogados pensavam à época: “o cliente deveria procurar pelo advogado, e não o contrário”. Aos poucos, com as mudanças drásticas no mercado (a maioria absoluta delas, inclusive, provocadas pela pandemia de COVID-19), foi se implementando uma espécie de “Darwinismo” na advocacia, e a mudança de pensamento e de postura se tornou obrigatória (era isso, ou a “extinção”).

O Diêgo Vilela, então, passou a enxergar o escritório como empresa e como negócio, entendeu que poderia prestar assessoria às organizações empresariais e empresários de forma ampla (modelo full service), sem o menor prejuízo para a qualidade dos serviços, o que seria possível com a instituição de bancas altamente qualificadas, a criação de um time bem treinado e a utilização de uma controladoria jurídica exímia.

Além disso, ao longo da caminhada, o “Diêgo Vilela de hoje” abandonou um velho paradigma, que estava relacionado à aversão às redes sociais. A partir desse marco, ele investiu em marketing jurídico, apostou na entrega de conteúdo e de informações de qualidade, entregou-se às lives e passou a preparar vídeos e outros materiais com temas informativos ao público.

Em outras palavras, o Diêgo Vilela saltou de um modelo conservador para o inovador, e hoje entende que acertou em cheio nessa aposta. Por fim, o Diêgo Vilela de hoje é aquele que sempre sonhou – e atualmente realiza e vivencia isso – em frequentar a missa aos domingos com a família e poder acompanhar a grande evolução do seu filho mais velho, o Enzo.

O Diêgo Vilela atual é empresário, aposta alto no empreendedorismo para além da advocacia, aprecia bons vinhos (preferencialmente os de origem argentina), adora viajar (próxima parada Portugal ou Egito), é apaixonado por carros e tem a esposa, a Lorraine Vilela, como conselheira pessoal.

Qual ou quais perspectivas o senhor vislumbra para os futuros profissionais da área? Quais os requisitos básicos para quem deseja entrar neste setor? Que conselhos daria a essas pessoas?

Diêgo Vilela – As minhas perspectivas sempre são as melhores. Sou muito otimista quando o assunto é o mercado da advocacia, pois, como disse anteriormente, atualmente ele é uma importante escora na economia do país.

Para que não haja dúvidas sobre isso, basta considerarmos que todos os dias acompanhamos os noticiários e recebemos várias matérias sobre a atuação do Judiciário; e não há atuação do Judiciário sem o advogado, já que, pela Constituição Federal, somos essenciais à administração de Justiça. Portanto, a profissão do advogado – a única profissão privada tratada pela Constituição Federal – continuará em ascensão, porém o sucesso dependerá do empenho e da dedicação de cada profissional; quanto mais empenho, maior o sucesso, é claro. Quanto aos requisitos, isso é bastante simples: o advogado deve – além de estudar muito, especializar-se e amar o que faz – ser persistente! Esse, aliás, é o meu conselho.

Fonte: Revista Mais Saúde – Edição nº66

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